PetroPET – Programa de Educação Tutorial em Engenharia de Petróleo

As Sete Irmãs: contextualização de sua história e cenário atual

  O termo ‘Sete irmãs” foi criado por Enrico Mattei, e se refere a oligopólio das empresas Royal Dutch Shell, Anglo-Persian Oil Company (APOC), Esso, Standard Oil of New York (Socony), Texaco, Standard Oil of California (Socal) and Gulf Oil, no mercado petrolífero entre as décadas de 1940 e 1970. Juntas as sete irmãs possuíam uma enorme influência nos preços, tendo em vista a alta taxa de produção e a grande quantidade de reservas que detinham, de forma que usavam esse recurso para dificultar a entrada de novas empresas na indústria. 

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   Entretanto, com a criação da OPEP em 1960, onde os países produtores começaram a tomar o controle e determinar os preços, o domínio das sete irmãs foi abalado e entrou em declínio. Posteriormente, para conter e contornar crises, de modo a assegurar a saúde  dos empreendimentos, começaram a ocorrer aquisições e fusões entre essas empresas, o que resultou em mudanças de filosofia e identidade, foram elas:

  • A Gulf Oil foi adquirida pela Chevron, que mais tarde se juntou a Texaco, formando a ChevronTexaco de 2001 até 2005, quando o nome passou a ser Texaco. 
  • A Standard Oil of New Jersey é adquirida pelo Esso, e passa a se chamar Exxon, que mais tarde junta-se com a Mobil, antiga Standard Oil of New York (Socony), formando a ExxonMobil.
  • A Royal Dutch Shell, passa a se chamar Shell
  • Anglo-Persian Oil Company (APOC), se chama, atualmente, BP.

   Nos últimos anos, houve uma instabilidade no preço do óleo e o aparecimento de um novo grupo que vem se destacando no cenário mundial. Essas empresas se consolidam seu poder no mercado, através da busca e da detenção de recursos naturais, apelidadas de “as novas sete irmãs”, são elas:

  • Saudi Aramco, da Arabia Saudita. Ela possui cerca de 25% da reserva mundial de petróleo, e tem capacidade de  produzir aproximadamente o triplo que qualquer outra companhia.
  • Gazprom, da Rússia. Atualmente, é a maior exportadora de gás natural do mundo, responsável por fornecer 30 por cento de todo o gás consumido na Europa.
  • China National Petroleum Corporation (CNPC), da China. om 88 por cento de propriedade da PetroChina como subsidiária listada, tendo o maior alcance internacional, atuando em cerca de 20 países do Azerbaijão ao Equador
  •  National Iranian Oil Company (NIOC), do Ira. Responsável pelo controle do maior campo de gás natural do mundo, a South Pars. 
  • Petróleos de Venezuela (PDVSA), de Venezuela. É a petrolífera com as maiores reservas do mundo.  
  • Petronas, da Malásia. A companhia se fortaleceu no contexto internacional com atuação em 26 países. 
  • Petrobras, do Brasil. A empresa é líder em tecnologia para a retirada de óleo em águas ultraprofundas, como as do pré-sal.  
Do Pré-Sal ao Impeachment

  Juntas elas controlam cerca de um terço da produção total de óleo e gás, e mais de um terço das reservas mundiais. Em comparação, as quatro empresas restantes das sete irmãs originais possuem uma produção de aproximadamente 10% da mundial e controle de 3% das reservas.

Sendo assim, tendo em vista que a indústria de óleo e gás é altamente influenciada por questões geopolíticas, o desenvolvimento e crescimento dessas companhias, e pode causar impacto, não só, no mercado petrolífero, mas como na política mundial.

Referências

HOYOS, Carol.The new Seven Sisters: oil and gas giants dwarf western rivals.Financial Times, 2007.Disponível em:<https://www.ft.com/content/471ae1b8-d001-11db-94cb-000b5df10621>Acesso em:14 de agosto de 2021 

KERN, Sarah.GARATTONI, Bruno. A verdade sobre a Ucrânia. Superinteressante, 2014.Disponível em:<https://super.abril.com.br/historia/a-verdade-sobre-a-ucrania> Acesso em: 14 de agosto de 2021


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