PetroPET – Programa de Educação Tutorial em Engenharia de Petróleo

Pré-sal deve gerar 46 mil empregos até 2015

Os investimentos no setor de petróleo e gás, especialmente para exploração do pré-sal, criarão 46 mil empregos até 2015. Dessas vagas, 84%, ou 33,6 mil, serão ocupadas por técnicos ou profissionais de nível médio, em ocupações como soldador de tubulação, técnico petroquímico e encanador industrial. As informações são do Mapa do Trabalho Industrial, do Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai).

Conforme o estudo, 60% das novas vagas serão para funções industriais. Isso ocorre porque a cadeia produtiva do petróleo e gás exige qualificação muito específica, como os soldadores subaquáticos, que precisam mergulhar centenas de metros no oceano para fazer reparos nos equipamentos de extração.

Por isso, os profissionais são disputados pelo mercado e têm salários atraentes. Um técnico em mineração, responsável por supervisionar equipes durante o processo de extração, ganha, em média, R$ 11,1 mil ao mês em um mercado aquecido como o do Rio de Janeiro.

Além disso, o número de trabalhadores em funções industriais é mais alto nesse setor do que a média dos outros setores da indústria. Para se ter uma ideia, uma única sonda de perfuração precisa de 150 a 200 profissionais industriais altamente capacitados para ser operada. Só para operadores e técnicos de petróleo e gás, que podem trabalhar nessas sondas, em plataformas ou navios, serão abertas 12,5 mil vagas até 2015.

“A demanda por profissionais qualificados já é alta nesse período de aquecimento para a exploração dos campos do pré-sal. Mas deve se ampliar nos próximos cinco anos, quando as novas plantas entrarem em produção”, prevê o diretor geral do SENAI, Rafael Lucchesi. Ele explica que grande parte das obras para o pré-sal ficará pronta a médio e longo prazos.

Para atender a essa expansão, o SENAI incluiu esse tema no seu planejamento estratégico e lançará, em 2014, três novos cursos de especialização para técnicos em construção naval nas áreas de pintura, mecatrônica e mecânica ou eletrônica.  Os novos profissionais aprenderão habilidades e conhecimentos das novas tecnologias do setor.

Investimento Japonês – Além disso, a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) investirá R$ 10 milhões para equipar com tecnologia de ponta, quatro unidades do SENAI no Rio de Janeiro, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Sul. O objetivo é capacitar, pelo menos, 100 professores, que treinarão mão de obra para quatro estaleiros japoneses que estão se instalando no Brasil: o Ishikawajima-Harima Heavy Industries – que comprou 25% do Estaleiro Atlântico Sul (EAS), o Kawasaky Heavy Industries, que está negociando estaleiros em Salvador, o Mitsubishi Heavy Industry, e o Japan Maritime United.

Um levantamento feito pelo Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (SINAVAL) aponta que já existem 390 obras em andamento ou com intenção de construção, que custarão R$ 150 bilhões. De acordo com o estudo, a boa notícia é que a demanda deve crescer principalmente no setor de maior valor agregado, como sondas de perfuração, navios de apoio marítimo e petroleiros.

Shell avalia usar recursos do exterior para pagar Libra

Bônus, no valor total de 15 bilhões de reais, deverá ser pago pelo consórcio vencedor da licitação no final deste mês


A Shell avalia usar recursos do exterior e do caixa no Brasil para pagar a parte que lhe cabe no pagamento do bônus de assinatura de Libra, afirmou nesta quinta-feira um executivo da companhia.

O bônus, no valor total de 15 bilhões de reais, deverá ser pago pelo consórcio vencedor da licitação, formado por Petrobras , a francesa Total, a anglo-holandesa Shell e as chinesas CNPC e CNOOC no final deste mês.

A empresa anglo-holandesa possui caixa no Brasil a partir de atividades de exploração e produção de petróleo, além de distribuição de combustíveis, mas pode ser necessário que uma parcela dos recursos seja obtida fora do País, disse o diretor de Relações com o Governo e Assuntos Regulatórios da Shell Brasil, Flávio Ofugi Rodrigues.

A Shell inicialmente considerava pagar sua parte exclusivamente com recursos da empresa no Brasil.

Com 20 por cento do bloco, a Shell deverá desembolsar 3 bilhões de reais correspondente ao valor do bônus.

O consórcio vencedor de Libra precisou de mais prazo para pagar o bônus de assinatura porque as estatais chinesas que compõem o grupo ainda estavam se instalando no País, disse o executivo, ao participar de evento do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), do qual participa como membro da diretoria.

As chinesas CNPC e CNOOC já possuem empresas no Brasil e o consórcio está se organizando para realizar o pagamento na nova data, dia 27 de novembro, afirmou nesta quinta-feira a jornalistas o diretor da Shell, Flávio Ofugi.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) alterou para 27 de novembro o fim do prazo para pagamento do bônus de assinatura do leilão da área de Libra.

Os recursos da Petrobras, que totalizam 6 bilhões de reais, deverão ser originados de seu caixa no País, enquanto as empresas chinesas deverão trazer de fora o dinheiro, concordou o executivo, ao ser indagado sobre o assunto.

Já petroleira francesa Total trará recursos de fora do país para pagar sua parcela no bônus do leilão de Libra, afirmou logo após o leilão diretor-geral da empresa no Brasil, Denis Besset.

Fator Irã faz petróleo operar perto da estabilidade

Os contratos futuros de petróleo operam perto da estabilidade nesta quinta-feira, 21, com foco dos agentes do mercado nas negociações com o Irã, indicadores de estoques da commodity e expectativas em relação às ações do Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos. Os diferentes fatores estão levando os contratos para direções divergentes, o que mantém os preços perto da estabilidade.
Nas últimas quatro semanas, a demanda por petróleo nos EUA ficou em média em 20,3 milhões de barriis por dia, de acordo com dados do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Contudo, analistas da DNB Markets alertam para o fato de que isso pode ter sido exagerado.

“O mercado, obviamente, não acredita nesses números, caso contrário o preço estável de petróleo não deveria continuar a ter um desempenho tão fraco… Nós achamos que o mercado está correto”, escreveram.

Em vez de alta demanda doméstica, o Departamento de Energia dos EUA deve usando novamente “números muito baixos para as exportações de produtos de petróleo em seus cálculos semanais”, sugeriram os analistas da DNB.

Números maiores de demanda podem pressionar os preços para cima, uma vez que sinalizam aumento da compras e um mercado potencialmente mais apertado. Mas os preços do petróleo bruto nos EUA têm sido fracos durante todo o outono (no hemisfério norte).

“O crescimento contido da demanda não é o único fator negativo”, escreveram analistas do Bank of America Merrill Lynch. Países de fora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) continuam aumentar as exportações, disseram os analistas.

“A maior história de sucesso, claro, continua sendo a produção de petróleo dos EUA, que tem um desempenho excepcionalmente bom com abundância de capital barato, um novo crescimento de infraestrutura e enormes ganhos de eficiência”, escreveram.

O potencial retorno de petróleo da Líbia e do Irã também pode agravar a situação, escreveram, provocando mais quedas nos preços do petróleo brent. As negociações entre o Irã e os representantes das potências mundiais continuam nesta quinta-feira em Genebra. Os dois lados estão buscando um acordo para limitar parte do programa nuclear do Irã em troca da flexibilização de algumas sanções em suas vendas de petróleo.

Às 9h47 (pelo horário de Brasília), o brent para janeiro subia 0,13%, a US$ 108,21 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres. Já na Nymex, o contrato do petróleo para janeiro subia 0,35%, a US$ 94,16 por barril.

Petrobras anuncia descoberta de poço na área de Franco

A estatal informou que foi comprovada a descoberta de petróleo de boa qualidade, situado abaixo da camada de sal, a partir da profundidade de 5.398 metros


A Petrobras concluiu a perfuração de mais um poço na área de Franco, umas das previstas no contrato de cessão onerosa, na região do pré-sal da Bacia de Santos.

A estatal informou, em nota, que foi comprovada a descoberta de petróleo de boa qualidade, situado abaixo da camada de sal, a partir da profundidade de 5.398 metros.

Informalmente conhecido como Franco Leste, o poço está situado em profundidade de água de 2.011 metros, a cerca de 200 quilômetros (km) da cidade do Rio de Janeiro e a 7,5 km a Sudeste do poço de Franco.

Por meio do contrato de cessão onerosa, a Petrobras adquiriu o direito de produzir até 3.058 bilhões de barris de óleo equivalente recuperável em Franco, sendo que a fase exploratória prossegue e tem seu término previsto para até setembro de 2014.

Petróleo vive maior ciclo de perdas de 1998

Desinteresse dos ‘hedge funds’ e sinais de excesso de oferta pressionam a cotação do petróleo nos mercados internacionais.


O preço do contrato futuro sobre o barril West Texas Intermediate para entrega em Dezembro, desliza hoje 0,4% para 93,46 dólares em Nova Iorque. Este activo de referência no mercado petrolífero perde valor há seis semanas consecutivas, o que já não acontecia desde 1998.

Sinais de excesso de oferta – as reservas norte-americanas cresceram na semana passada e as exportações sauditas de petróleo estão em máximos de oito anos – e a postura pessimista dos ‘hedge funds’ face ao petróleo estão na base da pressão sobre os preços, dizem traders.

“A oferta tem sido mais do que suficiente para cobrir a procura, sobretudo nos EUA”, dizia Ric Spooner, da CMC Markets, em Sidnei, citado pela agência Bloomberg.

No mercado londrino, o barril de ‘brent’, a referência para as importações nacionais, também seguia em baixa, a deslizar 0,59% para 107,86 dólares. Isto numa altura em que o euro seguia praticamente inalterado nos 1,3497 dólares.

As 20 maiores empresas de petróleo segundo a Forbes

1 – Saudi Aramco
– 2003: 9.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 12.7 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 28,28%
– País: Arábia Saudita

2- Gazprom
– 2003: 9.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 8.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: -7,36%
– País: Rússia

3- National Iranian Oil Company (NIOC)
– 2003: 4.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 6.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 24,48%
– País: Irã

4- ExxonMobil
– 2003: 4.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 5.3 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 15.21%
– País: Estados Unidos

5- Rosneft
– 2003: Não informa
– 2013: 4.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: –
– País: Rússia

6- Royal Dutch Shell
– 2003: 4.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: -2,43%
– Nacionalidade: Anglo-Holandesa

7- PetroChina
– 2003: 2.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 3.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 56%
– País: China

8- Pemex
– 2003: 4.2 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 3.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: -14,28%
– País: México

9- Chevron
– 2003: 3.2 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 3.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 9,37%
– País: Estados Unidos

10- Kuwait Petroleum Company
– 2003: 2.3 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 3.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 47,82%
– País: Kuwait

11- BP
– 2003: 3.9 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 3.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: -20,51%
– País: Reino Unido

12- Total
– 2003: 2.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: -7,69%
– País: França

13- Petrobras
– 2003: 1.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.5 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 66,66%
– País: Brasil

14- Qatar Petroleum
– 2003: 1.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 71,42%
– País: Qatar

15- ADNOC
– 2003: 1.82 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.4 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 31.86%
– País: Emirados Árabes

16- Lukoil
– 2003: 1.8 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.3 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 27,77%
– País: Rússia

17- Iraqi Oil Ministry
– 2003: 1.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.22 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 37.5%
– País: Iraque

18- Sonatrach
– 2003: 2.36 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.19 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: -7,20%
– País: Argélia

19- Pdvsa
– 2003: 1.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2.1 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 31,25%
– País: Venezuela

20- Statoil
– 2003: 1.6 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– 2013: 2 milhões de barris de óleo e gás natural por dia.
– Variação: 25%
– País: Noruega

Reajuste de 5% na gasolina será anunciado sexta, diz Radar

Preço da gasolina será 5% maior a partir de dezembro, afirma texto publicado na manhã desta segunda-feira por Lauro Jardim


O preço da gasolina será reajustado em cerca de 5% em dezembro, diz Lauro Jardim na coluna Radar on-line, da revista Veja.

De acordo com o texto publicado na manhã desta segunda-feira, a decisão deve ser anunciada durante a reunião do conselho de administração da Petrobras na próxima sexta-feira (22).

A nova fórmula de reajuste proposta pela empresa passaria a vigorar só no ano que vem.

O descolamento entre os preços internacionais e domésticos do petróleo afetam o caixa da Petrobras há alguns meses.

No final de outubro, a diretoria da empresa aprovou e submeteu a Conselho uma fórmula para reajustes automáticos e periódicos.

A medida espera a aprovação do governo, que teme os impactos na inflação e quer evitar uma nova forma de indexação da economia.

Franco, no pré-sal, tem porte igual ou maior que Libra

Área é uma das integrantes da chamada “cessão onerosa”, por meio da qual o governo capitalizou a Petrobras


A reserva petrolífera de Franco, no pré-sal da Bacia de Santos, tem tamanho igual ou até maior que a de Libra, considerada a maior do Brasil, disse nesta quarta-feira a diretora-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Magda Chambriard, durante evento no Rio de Janeiro.

Libra, leiloada recentemente pelo governo brasileiro, tem volumes recuperáveis estimados pela ANP entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris.

“No ano que vem vamos estar fazendo ajustes na cessão onerosa. Nesta discussão vai estar Franco, outra oportunidade gigantesca, do porte ou até talvez maior que Libra…”, disse Magda, sem fazer projeções exatas.

A área de Franco é uma das integrantes da chamada “cessão onerosa”, por meio da qual o governo capitalizou a Petrobras com recursos equivalentes a 5 bilhões de barris de petróleo, durante a capitalização da estatal em 2010.

“Se vocês olharem os comunicados a investidores que a Petrobras fez de poços em Franco, vocês vão ver que as espessuras são muito grandes, e se compararem com os 326 metros de coluna de óleo em Libra, posso dizer que pelo menos um (poço de Franco) é maior que isso”, afirmou ela a jornalistas, após participar de um seminário.

Outras áreas petrolíferas integram a “cessão onerosa”. Em meio à possibilidade de somente Franco ter mais de 5 bilhões de barris, a diretora-geral disse que ajustes no contrato com a Petrobras devem ser feitos no ano que vem, após uma atualização das reservas por uma empresa independente.

A ANP assina nesta quarta-feira com uma certificadora internacional contrato para atualizar as reservas da “cessão onerosa”. A perspectiva da diretora-geral é que a certificação da região esteja concluída no ano que vem.

O primeiro óleo da área de Franco será produzido em dezembro de 2016, disse na semana passada a presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster.

Recentemente, o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, José Formigli, disse que a estatal tem intenção de declarar a comercialidade das reservas de petróleo envolvidas na “cessão onerosa”.

“O trabalho de certificação começa a partir da declaração de comercialidade da ‘cessão onerosa’, e Franco está prevista para este ano ainda”, comentou Magda.

Décima Segunda Rodada

A ANP recebeu garantias de dez empresas interessadas em participar da décima segunda rodada, licitação que será focada em gás em terra, convencional e não convencional.

O certame está marcado para os dias 28 e 29 de novembro.

“Não significa que só dez vão participar; só 10 ofertaram garantias e as outras podem entrar em parceria. Isso foi como aconteceu em Libra”, explicou Magda “Estamos falando de gás e em terra. Não temos tantos operadores assim”, ponderou ela ao ser questionada sobre o “baixo” número de depositantes de garantias.

Este vai ser o terceiro leilão promovido pela ANP só neste ano, após um longo período sem licitações de áreas de exploração.

A diretora-geral da ANP aposta na maior oferta de gás no futuro a partir da produção em áreas em terra, que serão licitadas na décima segunda rodada, e dos campos de Lula, Libra e Franco.

CNPC fecha acordo para adquirir filial da Petrobras

Maior produtora de petróleo da China, CNPC, fechou um acordo para adquirir uma filial da Petrobras no Peru


A maior produtora de petróleo da China, CNPC, fechou um acordo para adquirir uma filial da Petrobras no Peru, confirmando a vontade do gigante asiático de reforçar sua presença econômica na América Latina.

A China National Petroleum Corporation (CNPC) anunciou que a operação será de 2,6 bilhões de dólares.

A CNPC e sua entidade com cotação na Bolsa PetroChina comprarão em conjunto a empresa, segundo um comunicado da companhia estatal, que não esconde o desejo de reforçar a presença na América do Sul.

“A empresa adquirida possui três blocos de campos de petróleo e gás, com uma produção atual de 0,8 milhão de tonelada equivalente petróleo por ano, assim como reservas importantes”, destacou a CNPC.

A maior produtora de petróleo da China afirma que a compra – submetida ao acordo dos governos envolvidos – permitirá “desenvolver suas operações na América Latina”.

A CNPC e a China National Offshore Oil Corporation (CNOOC), outro grupo estatal chinês, integraram no fim de outubro o consórcio que venceu o leilão para explorar o campo do pré-sal de Libra, no Brasil.

O consórcio, no qual as duas empresas chinesas têm 10% cada, também é integrado pela Petrobras, a anglo-holandesa Shell e a francesa Total.

O gigantesco campo de Libra, de 1.500 km2, situado na bacia de Santos, a 183 km da costa do Rio de Janeiro, poderá alcançar uma produção máxima de 1,4 milhão de barris diários em cinco anos, segundo estimativas oficiais.

A China, apesar da relativa desaceleração de seu crescimento econômico no primeiro semestre do ano, é o maior consumidor de energia no mundo e o segundo consumidor de petróleo do planeta, atrás dos Estados Unidos.

O gigante asiático é cada vez mais dependente das importações energéticas para cobrir suas necessidades de petróleo e gás. As principais empresas estatais chinesas do setor, CNPC, Sinopec e CNOOC, multiplicam as compras no exterior com o objetivo de aumentar e diversificar os recursos, e a América Latina é um dos mercados mais cobiçados.

Para Li Li, analista da empresa C1 Energy, “todo o mundo compete para ter acesso aos recursos energéticos do planeta” e, neste aspecto, o importante potencial brasileiro é muito visado.

“Toda a América do Sul está relativamente menos desenvolvida que o Brasil neste sentido, mas o continente possui abundantes reservas de combustíveis (já identificadas) e recursos (futuros), o que interessa muito às empresas chinesas”, completa a analista.

Em setembro, a China se tornou o principal importador mundial de petróleo – com importações líquidas de 6,3 milhões de barris diários (mbd), segundo a a Agência de Informação sobre Energia (EIA) dos Estados Unidos.

O acordo para adquirir uma filial da Petrobras reforça as relações econômicas entre os dois países: a China já é o maior comprador de soja do Brasil, que é o 10º sócio comercial de Pequim.

STF decide sobre royalties até Natal, diz Alves

Decisão sobre royalties do petróleo está pendente desde que Cármen Lúcia deu liminar suspendendo efeitos de uma nova divisão


O Supremo Tribunal Federal deve decidir até o Natal sobre a divisão dos royalties arrecadados com a exploração do petróleo, disse nesta quarta-feira o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), em sua conta no Twitter após reunião com ministra Cármen Lúcia, que cuida do caso no STF.

A decisão sobre os royalties do petróleo está pendente no STF desde que Cármen Lúcia deu liminar suspendendo os efeitos de uma nova divisão mais favorável aos Estados não produtores e que reduzia a parcela de Estados produtores da commodity.

A nova fórmula havia sido vetada pela presidente Dilma Rousseff, mas o veto foi derrubado pelo Congresso Nacional em março.

Diante da queda do veto, Estados produtores, como o Rio de Janeiro, entraram com ações diretas de inconstitucionalidade contra a nova regra no STF, e a ministra deu liminar suspendendo os efeitos da nova fórmula até análise pelo plenário da Corte.

“Ministra Carmem Lúcia disse hoje na Câmara que anuncia antes do Natal decisão sobre partilha de royalties do petróleo”, disse Alves em sua conta no Twitter.

A polêmica sobre a divisão dos royalties do petróleo começou quando o governo decidiu criar um novo marco regulatório para a exploração do óleo no país.

Os parlamentares dos Estados não produtores viram na elaboração da nova lei uma oportunidade de fazer uma nova divisão dos royalties entre Estados e municípios, sem qualquer privilégio para os Estados produtores, mexendo inclusive nos contratos já em vigor.

Aprovada pelo Congresso, essa nova divisão já havia sido vetada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2010.

Os parlamentares dos Estados não produtores voltaram à carga e aprovaram no ano passado mais uma nova divisão dos royalties. Dilma vetou as mudanças nos contratos em vigor, mas manteve a nova distribuição para áreas que ainda serão licitadas.

A derrubada do veto provocou a judicialização da questão e caberá agora ao Supremo decidir sobre o assunto.

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